sábado, 11 de dezembro de 2010

Naquele teu abrigo.

Olha como o tempo esculpe tuas pegadas sem chão. Aparentemente é só um modo de dizer ''seja feliz.'' sem se apegar as estações cheias de cores, amores, flores e dores.
Neste caminho incerto de busca por certezas permanentes, navegadoras de marés calmas, águas claras que banham e brindam o descanso, que aguardam o mergulho que antecede a renovação; Eu vou.
Hey, olha novamente para lá! Não perca o nosso ponto, pois ele ainda nos aguarda. Sei que nunca olhei para frente com essa tua sede de mover-se... Mas é que tenho luzes novas que também brilham lentamente a minha espera, e seria uma traição aos meus sentidos beber tanto assim.
Caso o sono ainda não tenha te levado, olha a forma que a chuva tem tomado. Pálida, linda, para combinar com o romantismo que dormiu no teu lugar essa noite. Que ele desperte ao ter contato com a leveza daquele antigo sorriso bobo de quem ama, de quem chora com lembranças vivas ainda, e ainda que vivas, viverás sem o ainda, porque ele também vive entregue ao que há de chegar.
Lembra-te que um sentimento antes de ser entendido, é apenas sentido. Sem fazer sentido ou ser lido nas entrelinhas das dúvidas que pairam sob o travesseiro frio e confortável de uma madrugada incoerente. Não me pergunte porque escrevo essas palavras de carinho a uma hora dessas da vida. É que ela escreve tanto de mim, que lendo nas lembranças eu escrevo. Que ouvindo na doçura eu canto; e caminhando em uma estrada parecida a do início desse besteirol, eu amo.

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