quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

Uma canção inacabada.

Voando até achar o rumo desejado e buscando a vida dentro dela mesma. Parece complicado, mas ninguém nunca disse que será fácil. As coisas fáceis se perdem de forma tão passageira que muitas nem se tornam inesquecíveis. Todo início de ano objetivos são traçados, promessas feitas e amores jurados. Mas nada disso é combinado com a vida. Incrível como ela é misteriosa e surpreendente. Mas se não fosse? Não seria mágica; não seria vida.

Eu quero algo que nunca tive
Viajar em meio ao desconhecido
E me tornar conhecido para alguém

Eu quero conhecer a vida mundo afora
Expandir sentimentos e palavras ao vento
Sentir a brisa de um lugar novo

Quero um sorriso compreensível
Um olhar de satisfação
Ser um bom livro com final feliz

Quero trazer a felicidade para perto
O improvável até o arrepio
E a sensação de estar finalmente vivendo.

sexta-feira, 25 de dezembro de 2009

Qual o sabor da aceitação?

O vento não traz essa resposta. Fui correndo ao teu encontro e a volta foi lenta, questionadora e misteriosa. Na dúvida do que iria encontrar, acabei achando você. Na certeza do que iria perder, acabei encontrando você. Os lados já não importavam tanto, pois eles haveriam de se acostumar com o novo. Se bem que quando os lados em questão são os meus, eles não têm o costume de se adaptar bem a certas coisas.

Nem todo casaco é feito por encomenda; nem todo azul representa imensidão. Nem toda ironia é mentirosa e nem toda mentira é irônica. E sempre só o dono saberá se a verdade se fez presente no casaco, na ironia ou nos dois. Por mais que você pense que conhece as medidas certas, as cores prediletas e o modo como ficará na pessoa; ele simplesmente pode não cair bem e talvez jamais saibas o porque. Ainda com a decepção presente, você resolve tentar novamente. Vai a uma loja que não é do teu agrado, escolhe uma marca que nem de perto tem a perfeição que parecia ter na outra e compra o melhor que lhe é possível. Novamente não fica bem na pessoa. Blusas, bermudas, calças, nada mais parece encaixar. Nada mais parece estar sintonizado.

Talvez não tenha sido o casaco e sua cor de primavera o real problema...
Talvez não tenha sido a marca especial de verão, ou as blusas e bermudas...
Talvez todas essas peças eram perfeitas; mas simplesmente não eram para estar juntas da pessoa presenteada.

Cabe a você aceitar isso.

Qual o sabor da aceitação? Não sei. Quando eu conseguir prová-la prometo que desenvolvo a fórmula e conto a você.

sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

Boa noite, e até uma esquina qualquer.

Vai. E leva tudo que pensastes em deixar por aqui. Esses detalhes podem se tornar uma corda de ligação que gere saudade ou qualquer outro sentimento que torne o nó mais apertado. Teu riso de canto, já não é um canto que causa sorriso. Tuas lembranças não são mais eternas e eu mal sabia que elas tinham prazo de validade. Teus sonhos não me parecem mais uma vontade de realização, e sim sonhos que qualquer um pode ter na padaria mais próxima de casa.
Quanto tempo dura uma frase meiga? Acho que o suficiente para um gesto frio passar por cima e destruir feito tornado. As mudanças ocorrem lentamente... Mas se formos imaginar cada mudança, perceberemos que elas se deram de uma forma tão rápida, que talvez até passemos a questionar se um dia isso chegou a ser concreto. As incertezas são perigosas. Elas te abraçam a cada madrugada esperando o momento exato do beijo. Se não tiveres autoconfiança e tua segurança em dia, pode até acabar em casório. E para quem sonhou a vida toda com uma princesa e seu sapatinho de cristal, encontrarás uma companheira fiel que dificilmente te permitirá um encontro com a segurança gerada nas palavras ou atos da outra pessoa.
Nunca consegui tê-la contigo; e eu tentei! Então agora não mais tento; e me preocupo muito menos com o beijo de amanhã.

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Parabéns Tricolor amado!

Amor é nervosismo, é a ânsia por mais uma vitória. É não parar de pensar no momento que se aproxima; é ter uma ligação intensa, que nos permite todo um envolvimento criado por uma sensibilidade. Amor é ter a capacidade de fazer com que aquele momento seja único, onde só aquilo lhe interessa; é esquecer de tudo, de todos os problemas, e só por 90 minutos ser dono daquele instante. Amor é ter uma grande sintonia, e acima de tudo ter a simples certeza de que você torce para o melhor time do mundo!

E cada vez que te vejo entrar em campo essa certeza se faz mais presente. É algo inexplicável sim! Posso ficar aqui tentando traduzir cada emoção em palavras, e sempre vou achar que elas não serão suficientes. São tantas histórias para contar... Tristes, alegres (em sua grande maioria, afinal, eu sou São Paulino né?) e que fazem parte de cada pedacinho da minha vida.

Lágrimas... Ah como houveram lágrimas! Elas fazem parte da nossa sintonia, não tem como negar. Sempre se manifestam quando algo carregado de emoção diz respeito a ti. Em uma frase do nosso maior ídolo e eterno capitão, em uma derrota dolorosa onde a batalha parecia ganha, em uma vitoria incrível, onde a derrota já sorria desdenhosamente, ou até mesmo nos pequenos detalhes que são tua força maior.

74 anos Tricolor.

Tenho todo orgulho do mundo em dizer que estive bem ao teu lado em vinte deles.

Tenho todo orgulho do mundo em dizer que estarei ao teu lado até que esse coração São Paulino pare de bater. Depois disso? Ah, eu sei que darei um jeito.

Parabéns Tricolor amado; obrigado por me fazer feliz.

domingo, 13 de dezembro de 2009

Salvador, verão, calor! Haja ventilador para tanto drama.

O drama é meio que inevitável diante de um cenário desses.

Convenhamos que acordar com calor já não é um jeito legal de se começar um dia. Ao contrário dos baianos por excelência, eu não consigo acordar com calor, estampar um sorriso no rosto, agradecer a Deus por esse sol maravilhoso que me permite ir à praia lotada de todo domingo e compartilhar tal felicidade com essa população "bronzeada".

Os santos de Salvador ainda não conseguiram entrar em sintonia comigo através de seus encantos, macumbas, feitiços, ou qualquer coisa relacionada. Também não sei se chegaram a tentar. Provavelmente devem achar que sou um caso perdido e ficam só aguardando algum momento de fraqueza da minha parte para me converter a "baianidade nagô." (faço mínima idéia do que seja isso, mas achei que ia caber bem aqui.)

Voltando ao tema principal (o maldito calor), é incrível o poder que ele tem para mudar nosso humor de maneira tão rápida. Sua noite já não é das melhores, pois você não sonha. Quer dizer, eu ao menos não. Geralmente o calor está mais ligado a pesadelos no meu caso. (Ainda bem que não tive essa noite, pois o drama aqui seria maior.) Ao acordar, está suado e louco para xingar alguém, até porque essa sensação lhe tira a condição de voltar a dormir. Daí tu levanta e resolve tomar um banho. Banho pela manhã para mim era sinônimo de: Cochilo embaixo do chuveiro. Hoje foi de: Suicídio embaixo do chuveiro.

É calor até no banho!

Tenho uma proposta a todos os santos dessa cidade: Quero uma temperatura de no máximo 15 graus; e em troca, eu prometo ouvir axé, pagode e forró durante todo o dia na praia lotada, falando véi e comendo acarajé com muita pimenta. Até assino meu diploma de baiano nato.

Enquanto eu espero isso acontecer, vou tomar outro banho e levar o ventilador comigo. Caso eu não volte, é porque estou negociando os termos do contrato com Iemanjá, Bonfim e sabe-se lá quem mais.

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Desconexão.

Sol, madrugada, manhã, estrelas, amor, desilusão... Vida?

Pode ser vivida, pode ser sonhada, pode ser mansinha, também pode ser só uma vidinha.

Cada um com seu conceito de vidinha, pois seria meio egoísta de minha parte determinar uma definição clara e direta sobre a pobre coitada. Nada contra as senhoritas pobres e coitadas por natureza, mas um processo no primeiro texto não ficaria legal no quadro da minha sala.

Por falar nisso, o que você mandaria enquadrar para a principal parede da sua sala? Acho que eu faria algo que me retratasse bem. Ham... Um quadro em branco! Todos olhariam sem entender, e outros nem perceberiam sua existência. Seria meu espelho de cada dia, afinal, meu espelho de verdade não me mostra lá uma imagem tão bela. Vai saber o motivo... Minha teoria seria de que ele não atravessa lá um bom momento nesses últimos vinte anos, mas eu ainda acredito em seus super poderes. Procurarei uma parceira para ele, mas sob o aviso de: Não se apaixone! Caso isso aconteça e ela não seja correspondida, sabe-se lá a imagem que ele vai passar a me mostrar cada vez que estivermos frente a frente. Medo heim? Melhor não arriscar. Não que eu seja medroso, pois não sou! Apenas tenho um certo receio (medo) de sentir medo.

Acho que se alguém passasse um dia dentro de minha cabeça, sairia dela tontinho.