terça-feira, 15 de novembro de 2016

é um cansaço que grita e silencia.
Silencia e grita.
como uma onda que vem, preenche, renova e abastece.
A correnteza, impiedosa comigo, arrasta-me de volta, triste por só encontrar areia.

e descubro que seguir em sua direção só é possível com o balde cheio.

domingo, 30 de outubro de 2016

agora é ponto distante
doído, errante.
uma saudade sem tempo.

sexta-feira, 9 de setembro de 2016

"eu juro afeto e paz não vão te faltar...''

tá aqui tocando. no fone também. e tá alto.
vem cá. deita aqui no meu abraço e ouve isso.
é só bem querer, moça. nesse tantin assim, ó.
dá pra sentir? pois é.

esse abraço que se aperta sozinho. 
juro, eu num faço força.
té vejo as bochechas se amassando.
té vejo os pés conversando em segredo.
é dedo com pele e pele com dedo, sem medo. 

deixo tudo lá.

é que meu corpo todin,
com o seu todin,
dá certo.


terça-feira, 23 de agosto de 2016

Das boas novas que o sono tem me dado,
sua preguiça, saudosa de afago.
Seu rosto, por um bocejo, cativadoramente deformado.
Nossos toques reconhecendo o amado.

sexta-feira, 13 de maio de 2016

Da chegada, ventania.
Das dores, agonia.
Do sorriso, calmaria.
Da noite, companhia.

sexta-feira, 6 de maio de 2016

07/05/2016

Posso deixar o fim para o fim?
Posso, então, acompanhar-lhe e fim?
Posso ressoar o nosso silêncio sem fim?
Posso, pela incompreensão, alcançá-la enfim?

É que assim poderei, sobre início, por fim, te responder que sim.







sábado, 2 de abril de 2016

Você dormiu.
O movimento de pernas que anunciava o entregar-se.
O corpo pedindo despedida.

Eu fiquei.
Uma canção;
Um headfone;
e um desejo de bem te quer.