segunda-feira, 18 de março de 2013

Hoje inventei um abraço para você. Um abraço do tamanho do mundo, que de saudade chora e sorri ao cercar-se de lembranças. 
Saudade. Palavra presente, que de bobo cortejei-a no presente do acaso para trazê-la assim em um dia tão corrido. Porque te sinto. De pertinho, de longe, de amor e vida. Que de lembrar perdi-me naquele sorriso acuado que eu jurei no primeiro instante ser meu. Coisa de escritor de gaveta que fala sozinho e responde no espelho, sabe? (Dizem por aí que não batem bem da cabeça...)
Perguntei ao sono se era cansaço pelas poucas horas dormidas ou se era obra dele para matar a saudade. Algo parecido com um mecanismo de defesa, talvez. Não lutei. Não quis. As palavras se encontravam sozinhas e me fizeram tirar essa pequena parte do dia para libertá-las aqui, com todo sentimento que foram alimentadas. 

E aqui estou, certificando-me que essa saudade possa ser lida, sem óculos, sem lentes e sem binóculos. 
O coração também fala.

''Yeah the truth is, that I miss you so!''

sábado, 2 de março de 2013

- Mas você não cansa de falar da poesia?
- Nunca pensei a respeito.
- Hum...
- Deveria?
- Talvez. Escrever algo não relacionado a ela.
- Tipo o quê?
- Não sei.
- Não sabe... E se soubesse?
- Do quê?
- Do que não sabe.
- Então eu saberia, oras.
- E eu escreveria?
- Não sei.
- De novo.
- De novo?
- Você não sabe.
- E porque raios eu deveria saber?
- Pelo mesmo que cai ao dizer que se pode escrever sem poesia.
- Mas... Não cai.
- Pois é.