quarta-feira, 18 de maio de 2011

Winter.

Lá estava ele. Sentado, com seus fones a espera de algo que não viria. Ele sabia disso, mas o coração insistia em teimar. Insistia em bater, na verdade. Pelo que? Ele bate, bate, bate sem obter respostas. A porta não se abre, as cortinas permanecem fechadas e nem o silêncio absoluto o faz parar. As cercas estão escancaradas para a fuga de todas as coisas, e não mais proporcional para a volta delas. Sinais de cansaço começam a florescer por detrás do jardim; e as lembranças que nunca aprenderam o caminho da perdição, sorriem.

Renova-se o ar e adquire-se magia novamente.

sábado, 7 de maio de 2011

Suficientemente passageiro.

Sem mais esperar
meu dia clarear,
teu riso florar,
o passado recordar.

Sem mais esperar
o incerto chegar,
a elegância do arrepiar,
a delicadeza a negar.

Sem mais esperar
ao te ver brotar,
lembranças virando mar
lentas no desaguar;
Sofridas de cantar
até a espera de não mais esperar.

segunda-feira, 2 de maio de 2011

Desembarcando a partida.

Vou pulando dos 6 para os 60 no apertar de uma tecla. Tão simples como digitar um número, tão complicado quanto viver o tempo. Quantos anos eu tinha quando nos conhecemos? Qual o medidor de tempo para nos vermos novamente? Sumindo nos ponteiros.