quinta-feira, 22 de abril de 2010

Eternamente passageiro.

O charme da eternidade é que ela se da de uma forma incontrolável. Às vezes o programado é apenas um momento de alegria e a surpresa é tudo que faltava para que ele fosse eternizado. É tão pessoal quanto os motivos que a mente e o corpo encontram para que carreguemos aquilo para o nosso eterno. Cada um do teu modo, cada um no teu viver...

Eu gosto de ser o responsável pelos meus momentos, mas fico feliz quando alguém consegue surpreender ao me entregar algo que mereça ser lembrado por um determinado tempo. Isso é tão mágico! Algo que me encanta naquele momento e eu nem sei ao certo por quanto tempo ele será eterno.

A eternidade tem tempo, e o passageiro nem sempre se perde.
Enquanto existir em ti, a idéia do eterno estará lá. Acampando, sentindo o respirar da natureza e sonhando em viver ali. Só enquanto puder viver...

Minhas duas reticências aqui postadas foram após a palavra ''viver''. Não foi de caso pensado, mesmo. Apenas notei na formatação do texto. Mas existe algo mais bonito que reticências após o ''viver''? A idéia de liberdade complementa a palavra que se conforta com sua companheira por perto.

Não conheço a fórmula da eternidade, e nem a quero por perto. Causa-me interesse imenso saber que cada ato, palavra, sentimento pode tornar um momento, ou se tornar eterno sem precisar de absolutamente nada marcado.

Quantos sorrisos entreguei ao vento sem destinatário?

Quantos entregues a mim foram postos ao mundo sem saber que teriam tanta importância?

O momentâneo se tornando eterno na entrega de um sorriso.

sábado, 10 de abril de 2010

Eu consigo ver.

Quando não mais precisar, sonhar, querer.
Quando a distância é a certeza do que realmente se distancia.
Quando ela comprova que nem sequer chegou perto de se tornar próximo.
Quando a tensão vai se tornando realidade e sonhos vão adormecendo mesmo durante o dia...

E um dia novo começa. Pensamentos novos nascem e te dão bom dia no abrir dos olhos. Como se precisassem marcar território, certificando-se de que os outros ficaram no ontem; e só voltarão se eles não forem capazes de satisfazer as necessidades do meu dia.

Só que o tempo os renova, independentemente de quão especiais eles são. Alguns duram menos do que o esperado, pois a corda era tão frágil...
É preciso mais que normalidades para que os meus tenham firmeza, ou para que eu sinta vontade e tenha coragem de passá-la a eles.


No teu desacelerar a razão voa.
Na tua indiferença os detalhes se perdem.

E eles fazem toda diferença para mim.